O governo iraniano não planeja, no momento, rever seus planos para elevar a produção de petróleo, disse hoje uma autoridade em Teerã. A declaração vai contra a o plano de congelar a produção nos níveis de janeiro, anunciado hoje por Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar.
Amanhã, o ministro iraniano de energia, Nijan Zanganeh, deve discutir o assunto com os ministros Eulogio Del Pino (Venezuela) e Adil Abdul-Mahdi (Iraque), em Teerã.
Segundo a autoridade iraniana, o governo "deixou bem claro que irá retomar seu nível de produção de antes das sanções" impostas pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais.
A mesma pessoa afirmou desconhecer a proposta venezuelana de isentar parcialmente o Irã das obrigações do plano.
Ele também reiterou que a Arábia Saudita é quem deveria reduzir sua produção, que cresceu quando seu país foi forçado a se retirar parcialmente do mercado.
"Todos sabem que a Arábia Saudita elevou a produção em 1 milhão de barris por dia durante as sanções", disse. O reino saudita e outras nações do Golfo Pérsico que aumentaram sua produção "são responsáveis pelo colapso dos preços", disse.
"Se os países que elevaram sua produção quando o Irã esteve sob sanções cortassem sua produção em 2 bilhões de barris por dia, os preços poderiam estabilizar e atingir inclusive US$ 60 por barril", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.
http://www.estadao.com.br