A Itália vai testar nesta semana a visão mais flexível da Europa para a redução de déficits com um anúncio, pelo primeiro-ministro Enrico Letta, de um mini pacote de estímulo de cerca de 4 bilhões de euros que tem como objetivo estimular o crescimento na terceira maior economia da zona do euro.
Após uma reunião de dois dias com seu gabinete, Letta disse a repórteres que vai propor o congelamento de um polêmico imposto sobre propriedades, proposto por seu predecessor, Mario Monti, e a elevação do fundo estatal para o seguro desemprego em evento marcado para sexta-feira.
O plano, no entanto, deverá custar ao Tesouro da Itália até 4 bilhões de euros e Letta ainda não explicou como ele será financiado, num momento em que o país já está altamente endividado.
"Parte desses recursos pode ser levantada por meio de medidas únicas, embora não o valor inteiro", comentou Angelo Drusiani, gestor de fundos do Banca Albertini Syz & C. "Uma parcela significativa precisará ser financiada por meio de cortes em gastos públicos, mas isso não será fácil porque leva tempo."
A Itália enfrenta hoje sua recessão mais longa desde a Segunda Guerra Mundial, com a economia em contração há oito trimestres consecutivos. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) italiano recua 1,3% este ano, segundo as últimas projeções do governo. As informações são da Market News International.
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