Início de ano é sempre assim. Para desovar o estoque que restou do Natal, o comércio anuncia descontos. Se a princípio parece interessante aproveitar os saldões, o consumidor deve observar as ofertas com cautela. Muitas lojas – físicas e virtuais - inflacionam os preços antes de realizar a promoção. Portanto, nem tudo o que está na vitrine é bom negócio. E não vale comprar só porque gostou e acabar gastando mais que o permitido pelo orçamento.
As queimas de estoque começaram e estão por toda a capital. Até mesmo shoppings que realizaram mega liquidações no final de janeiro ainda oferecem preços camaradas. É o caso do BH, que encerrou a Liquidação do Lápis Vermelho no último dia 3, mas mantém 60% das lojas com ofertas. “Há descontos de até 70%”, afirma o gerente de marketing, Renato Tavares.
À frente do Marketing do DiamondMall, Flávia Lousada diz que as mercadorias do shopping estão até 70% mais em conta. No Pátio, que também realizou seu saldão, as ofertas de até 80% continuam. Nos shoppings Minas, Estação BH e Del Rey, o cliente também encontra produtos com descontos. No Xavantes, a promoção nas 550 lojas dura até 31 de março. Para atrair a clientela, o shopping popular vai sortear um automóvel HB20.
Valorizado ponto comercial da cidade, a Savassi está repleta de propagandas de oferta. “Está todo mundo liquidando, já que as vitrines são trocadas após o Carnaval”, diz o diretor da CDL-Savassi e administrador do 5ª Avenida, Alessandro Runcini.
No Centro, a corrida é para recuperar perdas de 2012, quando as vendas recuaram. “É promoção pra todo lado. Para chamar o freguês, estão dando até 50% de desconto”, descreve o presidente da Associação dos Comerciantes do Hipercentro, Pedro Bacha.
Antes de sair às compras seduzido pelas atraentes ofertas, porém, o cliente deve avaliar se a compra é realmente necessária e se o preço está verdadeiramente bom.
“Caso seja vítima de propaganda enganosa, o consumidor tem o direito de exigir o cumprimento da oferta, a devolução do dinheiro ou receber outro produto pelo mesmo preço. E um bom aliado disso são os anúncios de jornais, rádios, tevês e sites. O material poderá auxiliar na reclamação contra a empresa”, alerta a coordenadora da Proteste, Maria Inês Dolci.