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BRASÍLIA - O ministro Edson Lobão (Minas e Energia) disse nesta quarta-feira (27) que o governo estuda um aporte do Tesouro para socorrer as distribuidoras de energia elétrica, que pode ser de até 100% do custo das termelétricas.
"A princípio tudo cabe ao Tesouro", brincou o ministro. "O caminho que se busca é que elas não tenham de pagar tudo. Ou se contribui com 100%, ou 80% ou 70% de algum modo vai se encontrar uma solução que seja boa para os distribuidores", disse.
Segundo ele, até a próxima segunda ou terça-feira o modelo que será adotado pelo governo já estará definido. "Ainda se fala em empréstimo ou em um aporte direto. Não temos ainda caminho que vamos seguir, mas que vamos socorrer as distribuidoras, isso sim", completou. Para Lobão, se for o caso de optar por empréstimo, o Tesouro "influiria nessa obtenção através dos bancos". O ministro defendeu que o objetivo principal dessa discussão é evitar que o alto custo das térmicas recaia sobre o consumidor final.
Lobão não descartou que a conta possa ser repartida também com os consumidores livres, que negociam o preço da energia fora do mercado regulado, cativo, como é o caso dos consumidores residenciais e de pequenos escritórios. "Tudo isso está sendo considerado", destacou.
Questionado como o governo pretende resolver o problema do uso das térmicas de forma definitiva, uma vez que a geração de energia pelo modelo mais caro -com a queima de carvão ou óleo combustível, por exemplo -ocorre todo ano, o ministro disse apenas que fará uma coisa de cada vez. "Estamos considerando este ano. A partir do próximo ano é outra coisa. Cada momento com a sua agrura", explicou.