Maioria das Bolsas asiáticas fecha em baixa

Antonio Rogério Cazzali e Sergio Caldas
15/11/2012 às 10:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:18

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, com a notável exceção do mercado japonês, que teve forte alta em meio a expectativas de mudanças no governo e à queda do iene, que atingiu seu menor nível em mais de seis meses.

Continuam a pesar na Ásia preocupações com o chamado "abismo fiscal", uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos que entrará em vigor nos EUA a partir de 1º de janeiro se o presidente Barack Obama não conseguir fechar um acordo com a oposição no Congresso. Em pronunciamento ontem, Obama alertou que a maior economia do mundo poderá entrar em recessão se democratas e republicanos não chegarem a um entendimento.

Os investidores também acompanharam nesta quinta-feira a divulgação, em Pequim, da nova geração de líderes da China. Como esperado, o atual vice-presidente, Xi Jinping, assumiu o posto mais alto do Comitê Permanente do Politburo, cujo número de integrantes caiu de nove para sete. Xi deverá suceder Hu Jintao como presidente da China.

O índice Xangai Composto terminou a sessão desta quinta com queda de 1,2%, aos 2.030,29 pontos, seu menor nível desde 26 de setembro, e o Shenzhen Composto recuou 1,6%, para 805,91 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou declínio de 1%. Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em queda, apesar de a maioria das ações ter recuperado as perdas da sessão anterior durante o pregão. O índice Taiwan Weighted caiu 0,22%, aos 7.143,84 pontos. As perspectivas de ganhos reduzidos por parte das petroquímicas e as preocupações sobre macroeconomia não pesaram sobre o índice. Hon Hai ganhou 0,3% e HTC avançou 1,5%.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em baixa, também influenciada pelas preocupações sobre o "abismo fiscal". O índice Kospi terminou o pregão em queda de 1,23%, aos 1.870,72 pontos. Os papéis da Samsung Electronics caíram 1,7% e os da Hyundai Motor perderam 2,3%. A Posco fechou a sessão em queda de 2,2%.

Na Austrália, a Bolsa de Sydney também encerrou o pregão em queda, com as ações cíclicas conduzindo as perdas, influenciadas pelo "abismo fiscal" nos EUA, a crise europeia e a tensão no Oriente Médio. O índice S&P/ASX 200 caiu 0,89%, aos 4.349,25 pontos, o menor nível em sete semanas. As ações da BHP Billiton recuaram 1,8%, enquanto que as da Newcrest Mining caíram 4,5%. Na Bolsa de Manila, o índice PSEi caiu 0,7%, para 5.414,82 pontos.

Em Tóquio, por outro lado, o índice Nikkei fechou em alta de 1,90%, aos 8.829,72 pontos, o patamar mais alto desde 8 de novembro. Foi o primeiro ganho do índice japonês após oito sessões em queda ou estável. Grandes exportadores foram beneficiados pela desvalorização do iene, com a montadora Mazda e o fabricante de equipamentos de construção Komatsu avançando 5,6% e 4,6%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por