(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
A emergente Classe C, estimada em 40 milhões de brasileiros, é o público para o qual foi desenvolvido o cartão de crédito pré-pago, lançado nessa terça-feira (30) em Belo Horizonte pelo Banco Bonsucesso sob a bandeira da MasterCard.
O banco projeta atrair para o sistema um milhão de consumidores no primeiro ano de operação e chegar a cinco milhões em 2017. Os principais apelos do Meo Cartão, como foi batizado, são a segurança e comodidade, próprias do dinheiro de plástico.
“É um produto pioneiro que vai possibilitar a inclusão financeira de 40% da população que não têm conta bancária”, afirmou Paulo Henrique Pentagna Guimarães, presidente do Banco Bonsucesso.
Vendas
A falta de vínculo com a instituição bancária dispensa a comprovação de renda e permite acesso a pessoas com restrição de crédito. O novo cartão será vendido em 100 mil pontos de vendas (supermercados, bancas de revistas, casas lotéricas) e pela Internet. “Estamos investindo na mudança de cultura, na troca do dinheiro vivo pelo dinheiro de plástico, na segurança do dinheiro protegido por senha”, disse Guimarães.
A preferência de 82% dos consumidores brasileiros pela conta pré-paga do celular, segundo ele, aponta para a tendência na qual o banco aposta com o cartão de crédito pré-pago. Para o consumidor, o preço será de R$ 6,90 na aquisição e de R$ 9,90 para ativação.
O interessado poderá depositar de R$ 10 a no máximo R$ 5 mil, com a opção de utilização do cartão genérico, sem a identificação, ou com a identificação da pessoal.
Sob a bandeira MasterCard, o Meo Cartão será aceito em 1,7 milhão pontos de venda credenciados no país.
Dinheiro vivo
Segundo estudos do banco e de seus parceiros - a Rêv Worlwide e MasterCard – 55% dos trabalhadores brasileiros, principalmente os informais, recebem seus salários em dinheiro.
Se cada uma das adesões render R$ 500 em depósito, em um ano, o banco e a operadora movimentarão R$ 500 milhões.
Nos EUA, o movimento em 2010 com o cartão de crédito na modalidade pré-paga foi de US$ 152 bilhões e a previsão é que chegue a US$ 421 bilhões em 2017, de acordo com o estudo prévio dos empreendedores.
Com o ingresso do Brasil nessa modalidade financeira, a projeção é que o movimento do pré-pago na América Latina salte dos US$ 15 bilhões registrados 2010 para R$ 133 bilhões em 2017.