(Maurício de Souza)
O mercado de máquinas e equipamentos no Brasil registrou no primeiro bimestre deste ano elevação de 8,1% no consumo aparente na comparação com o mesmo intervalo de 2012. A indústria nacional, porém, pouco teve a comemorar, uma vez que os importados abocanharam a maior parte da expansão da demanda. Desde 2008, o consumo e as importações não cresciam tanto. O faturamento no bimestre foi de R$ 11,230 bilhões, retração de 7,1% sobre o acumulado de janeiro e fevereiro de 2012. Os dados são da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em janeiro e fevereiro, o consumo aparente de bens de capital totalizou R$ 9,176 bilhões. As importações, que neste período se expandiram 5,8%, chegaram a US$ 2,581 bilhões. “Não há preocupação com qualidade. A motivação para a importação é simplesmente o preço. Com esse câmbio não podemos competir”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. Em 2004, 32,4% das importações eram originadas nos Estados Unidos. Hoje, os produtos norte-americanos representam 25%. A participação da Alemanha neste período passou de 16,5% para 12,5%. Já a China, passou de 2,1% para 19,7%. Minas Gerais Em Minas, a situação é ainda mais complicada, segundo o diretor da Abimaq no Estado, Henrique Adolfo Freitas. Para ele, como a economia mineira está atrelada a setores como siderurgia e mineração, que colocaram o pé no freio para investimentos, a retomada que no país pode começar em março, no Estado não deve ocorrer este ano. “Demissões já estão ocorrendo aqui, o que ainda não se vê no país. A invasão chinesa conta, ainda, com apoio do governo, que compra lá fora”, observou.