Marco para retomada: recuo da Covid e salário de servidor devem ampliar vendas para o ‘Dia dos Pais’

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
04/08/2021 às 19:35.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:36

(Fernando Michel)

Comerciantes do Estado e da capital estão confiantes em que as vendas para o Dia dos Pais devam ser o início de uma retomada consistente, após quase 18 meses de pandemia. Levantamento da Fecomércio-MG mostra que 86,4% dos empresários do setor esperam resultados iguais ou superiores aos de 2020. O volume de vendas deve movimentar R$ 629,3 milhões. 

O panorama é completamente diferente do registrado no ano passado, quando houve um extenuante abre-e-fecha das lojas em razão da Covid-19: em agosto, por exemplo, elas puderam abrir apenas três dias antes do domingo dos pais. Na ocasião, segundo a Fundação Ipead/UFMG, os comerciantes esperavam queda de mais der 20% na intenção de compras em relação a 2019, o que se concretizou com o balanço das vendas.

Os motivos para o otimismo, agora, são muitos: vão do apelo afetivo da data à maior circulação de pessoas nas ruas, passando pela ampliação da vacinação contra o coronavírus e pelo fato de que o funcionalismo público mineiro (mais de 480 mil pessoas) estará, pela primeira vez desde 2016, com o salário mensal integralmente depositado na conta (no dia 6), após longo período de parcelamento dos vencimentos.

Aliados ao tradicional apelo afetivo da data, maior circulação de pessoas e aumento da vacinação explicam otimismo

“Mesmo diante de um orçamento mais apertado, as pessoas se dispõem a sair para comprar um presente nesta data. O pior da pandemia parece ter passado, temos indicadores mais favoráveis que nos dão suporte para entender que as vendas serão maiores”, explica Guilherme Almeida, economista da Fecomércio.

Liquidações 

A pesquisa da Fecomércio-MG mostra ainda que, na opinião de metade dos empresários, os consumidores devem gastar entre R$ 50 e R$ 100 nos presentes. E devem usar o cartão de crédito como meio de pagamento. Para atrair clientela, os lojistas pretendem apelar para as promoções (opção de 30,7% dos entrevistados) e a propaganda (29,5%). 

Depois de amargar um 2020 com vendas 30% menores do que em 2019, Guilherme Rodrigo, gerente da Ponto M, especializada em moda masculina, espera que voltar ao patamar de dois anos atrás. “Nós nos preparamos muito para o Dia do Pais, para atrair os clientes. É o momento de iniciarmos uma escalada de retomada para superar de vez os tempos de prejuízo”, afirma o gerente.

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