( Wilson Dias/Agência Brasil)
O governo não firmou nenhum compromisso de atender a novos pedidos de flexibilização na reforma da Previdência, disse nesta sexta-feira, (15), o recém-empossado ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Segundo ele, não adianta desidratar ainda mais a proposta se isso não for agregar votos para aprovar o texto. O ministro também foi enfático sobre a necessidade de manter os pontos centrais da proposta, entre eles o fim dos privilégios.
"O governo sempre ouviu, continua ouvindo. Agora, não temos nenhum compromisso com qualquer tipo de flexibilização. Quando e se for (flexibilizado), os senhores saberão", afirmou. "O governo não aceita mudança na espinha dorsal da reforma, que é o fim dos privilégios", acrescentou.
Marun disse ainda que o recesso parlamentar, visto por muitos como dificultador ao trabalho de angariar votos para aprovar a proposta, "pode ter efeito diferente". Segundo ele, muitos parlamentares retornarão às suas bases e poderão "receber apelo" pela aprovação da reforma, já que na visão do governo o apoio da população está crescendo.
"Pesquisas já apontam 37% da população favorável à reforma, há poucos dias não tínhamos nem 10%. Nosso sentimento é que parlamentares da base receberão apelo pela aprovação da reforma, a visão é que recesso, em vez de atrapalhar, pode ajudar na aprovação da reforma", afirmou. "Temos confiança muito grande neste evidente aumento da compreensão da população sobre necessidade da reforma."
Marun afirmou que o governo vai continuar com a propaganda da reforma da Previdência com o objetivo de ampliar a "consciência da população sobre a necessidade da reforma". "Se a população estiver consciente, os votos virão com menor dificuldade", disse.