Mercado imobiliário se recupera em novembro em SP

Circe Bonatelli
Publicado em 16/01/2013 às 08:21.Atualizado em 21/11/2021 às 20:40.

O mês de novembro mostrou uma recuperação do mercado imobiliário na cidade de São Paulo. Segundo pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (16) pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), foram lançadas 4.894 unidades em novembro, alta de 107,5% em comparação com outubro e de 15,9% ante o mesmo mês de 2011. Novembro também foi o mês com maior número de lançamentos em 2012, ultrapassando setembro, que registrou 3.805 unidades. Já no acumulado de janeiro a novembro, os lançamentos totalizaram 23.735 unidades na capital paulista, queda de 23,2% ante os mesmos meses de 2011.

As vendas de imóveis residenciais em novembro também cresceram em relação aos meses passados. Em novembro, foram comercializadas 2.852 unidades, alta de 44,6% ante outubro e de 9,6% na comparação com o mesmo mês de 2011. As vendas no acumulado de 2012 totalizaram 24.028 unidades, queda de 1,9% em relação aos mesmos meses de 2011. A velocidade das vendas (total de unidades vendidas dentre o do total disponível) foi de 58,7% nos últimos 12 meses.

A pesquisa mostrou que imóveis de dois dormitórios representaram o maior volume de lançamentos em novembro (49% do total) e de vendas (35% do total). Entretanto, houve aumento na procura por habitações de quatro dormitórios. Em novembro, foram vendidas 312 unidades desse tipo, quase o dobro da média de 166 unidades verificada de janeiro a outubro.

Segundo o Secovi, a queda dos lançamentos e das vendas em 2012 foi motivada por uma ajuste nas operações das incorporadoras. "Esse movimento foi o que chamamos de freio de arrumação, ou seja, uma parada técnica para redimensionar a capacidade de operação", afirmou em nota Claudio Bernardes, presidente do sindicato, acrescentando que o mercado não enfrenta problemas de demanda.

Bernardes mencionou também que as empresas de construção enfrentaram dificuldade no licenciamento de novos projetos e escassez de terrenos. Além disso, o estoque de outorga onerosa, instrumento que permite às incorporadoras adquirir o direito de construir até o limite previsto em lei, está esgotado em muitos distritos no município de São Paulo.


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