Mercado reduz previsão de crescimento da economia para 1,64%

ABR
03/09/2012 às 09:36.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:58

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram pela quinta semana seguida a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, passou de 1,73% para 1,64%. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. As informações estão no boletim Focus, publicação semanal do BC feita com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

As projeções para a retração da produção industrial, este ano, têm piorado há 14 semanas. Desta vez, a estimativa de queda passou de 1,55% para 1,78%. No próximo ano, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 4,5%.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35,25%, este ano, e em 34%, em 2013.

A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 2, tanto para 2012 quanto para 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 18 bilhões para US$ 18,04 bilhões, neste ano, e permanece em US$ 15 bilhões, em 2013.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 58,71 bilhões para US$ 58,8 bilhões, este ano, e mantida em US$ 70 bilhões, em 2013.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, este ano, e passou de US$ 59 bilhões para US$ 59,01 bilhões, em 2013.

 

 

Aposta de alta do PIB volta a ser reduzida na Focus

Na primeira pesquisa Focus após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2012, o mercado financeiro reduziu pela quinta semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira, que caiu de 1,73% para 1,64%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para 2013, a aposta se manteve em 4,50%, acima dos 4,40% verificados há quatro semanas.

A projeção para o setor industrial em 2012 piorou novamente, de um resultado negativo de 1,55% para uma retração de 1,78%. Para 2013, economistas preveem ritmo maior, com avanço industrial de 4,50%, projeção que se manteve. Um mês antes, a pesquisa apontava estimativa de queda de 0,69% neste ano e alta de 4,40% no próximo ano.

Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 35,25% em 2012 e em 34% em 2013. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,40% e 34% do PIB para cada um dos dois anos.

IGPs

As projeções para os IGPs em 2012 voltaram a subir, com a aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2012 avançando de 8,16% para 8,17%, a décima elevação seguida.

Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 7,85% para 8,03%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 7,24% para o IGP-DI e de 7,12% para o IGP-M. Para 2013, a estimativa de alta para o IGP-DI subiu de 5,00% para 5,01%. Para o IGP-M, a expectativa se manteve em 5% pela 18ª semana.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 passou de 4,32% para 4,38%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,31% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo.

Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe subiu de 4,71% para 4,80%, valor idêntico ao estimado há um mês. Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 2012 em 3,50% pela sexta semana. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados manteve-se em 4,30%, ante 4,50% quatro semanas antes.

IPC-A

A pesquisa do BC desta segunda-feira trouxe ligeira alteração nas previsões para a inflação nas médias das estimativas. De acordo com o levantamento, a média das apostas para o IPCA em 2012 subiu de 5,19% para 5,20%. Para 2013, a média passou de 5,53% para 5,54%. Para 2014, foi mantida em 5,24%.
http://www.estadao.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por