Mesmo com corte de impostos, cesta básica sobe 15,08% em BH

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
04/07/2013 às 06:56.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:44

O corte de impostos dos produtos da cesta básica ainda não chegou ao carrinho do supermercado do belo-horizontino. De janeiro a junho, o aumento nos preços dos itens que compõem a cesta chegou a 15,08%, quatro vezes o acumulado da inflação. Em 2013, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede os gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, acumula alta de 3,76%. Em 12 meses, chega a 5,87%, próximo do teto da meta de 6,5% estipulada pelo governo federal.

“É um sinal de que a desoneração ainda não chegou às mercadorias. Os mais prejudicados são os consumidores, especialmente os mais pobres”, afirma a coordenadora de Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), Thayze Vieira Martins Moreira.

Entre maio e junho, o preço da cesta básica apresentou variação negativa, de 1,23%. O valor encontrado pelo Ipead foi de R$ 331,02, ainda assim, 23,38% mais caro que em igual período de 2012.

Em junho, na comparação com maio, a inflação em Belo Horizonte subiu 0,26%. A alimentação fora de casa foi a vilã da vez. Comer em restaurante ficou 1,24% mais caro. No acumulado de 12 meses, o índice ultrapassa 11%, mais que o dobro da inflação do período. Bebidas em bares, lanchonetes e outros estabelecimentos do gênero também exigiram mais do bolso. Neste caso, o aumento foi de 1,21% no mês.

O item Alimentação – e aí incluindo no lar ou fora dele – subiu 0,22% entre maio e junho. No ano, a alta é de 5,80%, e nos últimos 12 meses, de 12,52%.

O refresco veio com as quedas no grupo de Alimentos in Natura, com retração de 6,08%. “O alívio veio em função da safra dos produtos e das mudanças climáticas”, diz Thayse. Fruto que virou símbolo da inflação e foi até motivo de piada, o tomate baixou 19,01% em junho. Já o preço da cenoura caiu 38,90%. Encher o tanque do carro com gasolina também ficou mais barato (-1,12%).

“Acreditamos que a inflação deva fechar 2013 no limite delimitado pela equipe econômica, de 6,5%, pois o índice vem passando de 0,20% todos os meses, e a tendência daqui pra frente, com a proximidade do fim do ano, é de aceleração”, analisa a coordenadora.

Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/login/93

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por