A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) recebeu nesta quarta-feira contraproposta de 7% de aumento salarial da bancada patronal do grupo 3, que representa o setor de autopeças, parafusos e forjaria. De acordo com a FEM, todas as ofertas inferiores a 8% são automaticamente rejeitadas, pois os metalúrgicos ligados à federação aprovaram o índice de 8% em assembleias anteriores.
A reivindicação dos trabalhadores é de reposição da inflação de 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,5%, o que leva ao pedido de 8% de aumento. De acordo com o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, a categoria não abre mão do aumento real de 2,5% e índices menores não serão aceitos.
Ao todo, são 51 mil trabalhadores do grupo 3 na base da Federação em todo o Estado, a maioria concentrada no setor de autopeças.
Demais grupos
Na terça-feira, a FEM rejeitou proposta de aumento salarial de 6% para fábricas com
até 100 trabalhadores e 6,5% para fábricas com mais de 100 funcionários feita pelo grupo 2 (máquinas e eletrônicos). Os trabalhadores devem intensificar as paralisações e greves para pressionar o setor.
O único grupo que já conseguiu aprovação de proposta pelos trabalhadores foi o do setor de fundição, que ofereceu 8% de reajuste. Os demais grupos (2, 3, 8, 10 e estamparia) ainda não chegaram a acordo.
Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011. Ao todo, a FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado. Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana, com paralisações e greves.
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