Minas Gerais registrou, em novembro na comparação com outubro, a segunda taxa negativa consecutiva de produção industrial, e acumula de janeiro a novembro de 2014 queda de 2,8%.
Setores importantes para a economia mineira, como a indústria extrativa, a metalurgia, e a fabricação de máquinas e equipamentos, estão com desempenho estável ou negativo no acumulado dos últimos 12 meses.
A indústria automotiva, em Minas Gerais representada por gigantes como Fiat, em Betim, e Mercedes, em Juiz de Fora, acumula no ano queda de 20,4% no indicador. O resultado da produção do parque industrial mineiro em novembro, de queda de 2,6%, foi inferior a média do país, que ficou em 0,7%.
Em sete das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi apurado desempenho negativo, sendo a retração verificada em Minas Gerais a segunda maior em termos percentuais, melhor apenas que a produção industrial do Amazonas, segundo o IBGE, de queda de 4%.
De 15 segmentos da economia mineira analisados pelo IBGE, apenas três apresentaram crescimento da produção industrial de janeiro a novembro de 2014. A indústria extrativa cresceu 1,4% e a fabricação de produtivos alimentícios teve elevação de 1,7%. A variação percentual mais relevante veio da fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com crescimento de 8,1% no período.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) projeta, para 2014, uma queda de 2,02% da produção industrial mineira, e de 2,5% para a média nacional.
Na base de comparação de novembro contra igual mês do ano anterior, a queda em Minas Gerais foi a terceira maior do país percentualmente (-8,5%) e a mais alta para o Estado de 2009. “Em Minas, a maior influência para o recuo na produção foi da indústria extrativa, seguida de produtos alimentícios, máquinas e equipamentos e veículos automotores”, disse o pesquisador da Coordenação de Indústria do Instituto Rodrigo Lobo.
São Paulo responde por aproximadamente um terço do total da produção industrial nacional, e teve em sua queda de 9,9% nesta base de comparação, o maior impacto sobre o recuo de 5,8% no total do Brasil. Em novembro, a redução na produção de açúcar foi o que puxou a queda da indústria paulista.