Com carência de 510 mil moradias, Minas Gerais tem o segundo maior déficit habitacional do Brasil. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012 e compõem uma nota técnica divulgada nesta terça-feira (27) pela Fundação João Pinheiro (FJP). Em primeiro lugar está o estado de São Paulo com 1 milhão e 320 mil habitações a menos.
“Por ser populoso, Minas Gerais apresentou o segundo maior déficit habitacional absoluto do Brasil. No entanto, ao longo dos anos, o estado tem se mantido entre as Unidades da Federação com o menor déficit relativo, que mensura a defasagem em relação ao total de domicílios da região”, observou a pesquisadora da FJP, Raquel de Mattos Viana. “Em 2012, o déficit brasileiro foi de 9,1%. Ao compararmos o desempenho estadual com o nacional, percebemos que o Estado encontra-se em situação melhor que a do país”, completou.
Ainda conforme a nota técnica, o ônus excessivo com aluguel teve maior peso no resultado geral do Estado, com participação de 57% (291 mil moradias) em 2012. Em segundo lugar ficou a coabitação familiar, que respondeu por 35% (179 mil unidades). O adensamento excessivo com aluguel respondeu por 4,2% (21 mil habitações) e a habitação precária foi o componente com menor participação relativa em Minas Gerais: 3,5% (17 mil).
Na comparação com o ano anterior, o déficit habitacional aumento entre 2011 e 2012. Em relação ao total de domicílios, o déficit habitacional foi de 7% em 2011 e passou para 7,7% no ano seguinte. Em termos absolutos, o déficit passou de 454 mil domicílios, em 2011, para 510 mil em 2012. Desse total, a Região Metropolitana de Belo Horizonte representou 25% (115 mil unidades) em 2011 e 29% (148 mil) em 2012.