Ministério diz que não faltará verba para metrô de BH

Estadão Conteúdo
08/02/2018 às 10:09.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:13

(Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (7), que será feita complementação orçamentária para garantir o funcionamento dos metrôs de Belo Horizonte, Recife, Natal, Maceió e João Pessoa, as cinco praças com sistemas operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

A situação veio à tona quando surgiu nas redes sociais cópia da ata de reunião realizada no Recife no último dia 30, assinada por representantes da CBTU nas cinco cidades, afirmando que os metrôs das capitais poderiam passar a funcionar somente em horários de pico e de segunda a sexta-feira, já a partir do próximo dia 5, prejudicando cerca de 600 mil pessoas diariamente.

O motivo seria o corte no orçamento deste ano para os cinco sistemas, reduzido de aproximadamente R$ 260 milhões em 2017 para R$ 139,7 milhões este ano. A ata afirma ainda que, por causa do impacto financeiro, os sistemas corriam o risco de serem totalmente paralisados. A ata foi encaminhada pelo presidente interino da CBTU, José Marques de Lima, para o presidente do Conselho de Administração da empresa, Pedro Cunto de Almeida Machado.

"Informamos que, segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, houve redução de recursos orçamentários para o metrô durante a tramitação da PLOA no Congresso Nacional. No entanto, o governo providenciará a complementação orçamentária em tempo. Não haverá qualquer risco de interrupção do serviço", afirma nota enviada pelo Ministério do Planejamento.

Impacto

 Na quarta-feira, a CBTU confirmava a possibilidade de impacto na operação dos metrôs, mas disse que não era possível dizer como e quando isso aconteceria. No Ministério das Cidades, a informação, repassada na terça-feira, foi de que o orçamento para o setor havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e que não havia, até aquele momento, expectativa de alteração.

No caso de Belo Horizonte o valor necessário para que o sistema opere sem problemas é de R$ 100 milhões, conforme cálculos do presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais, Romeu José Machado Netos.

Segundo ele, antes do anúncio do ministro, este ano, o total que seria passado seria de R$ 57 milhões. "O impacto será nos contratos para limpeza de vagões, máquinas, estações e, ainda, na compra de peças e manutenção das composições", disse o sindicalista na terça-feira. 

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