Ministra defende preferência para hidrelétricas na ampliação da matriz energética do país

Thais Leitão e Carolina Gonçalves - Agência Brasil
08/11/2012 às 17:44.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:01

(Marcelo Camargo/ABr)

BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltou a defender nesta quinta-feira (8) as usinas hidrelétricas como forma mais segura e barata de ampliação da matriz energética no país. Segundo ela, a outra opção possível, a obtenção de energia a partir de usinas nucleares, além de mais cara, é menos limpa ambientalmente.

“Nenhum país que tem potencial hidrelétrico renuncia [a esse potencial], porque é uma energia mais barata e segura. Outra opção é a nucelar, mas eu prefiro dez hidrelétricas a uma nucelar. Não estou nem falando do custo ambiental, mas é uma energia mais cara e os estudos estão aí [para comprovar]”, disse.

Como exemplo, a ministra garantiu que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, não inviabiliza outros aproveitamentos dos recursos hídricos na região.

“Ao contrário, um estudo divulgado há pouco comprova que o Rio Madeira [em Rondônia, onde estão sendo construídas as usinas Santo Antônio e Jirau] tem a maior diversificação de peixes no Brasil, e o barramento não impede isso”, disse.

Izabella Teixeira participou nesta quinta-feira (8) de debate sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho passado, no segundo dia de trabalhos da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, que ocorre em Brasília.

Ao fim do debate, ao responder a críticas de um participante sobre a política energética do país, ela lembrou que as contribuições da sociedade civil e de movimentos ambientais são consideradas pelo governo. “Ninguém é dono da verdade, só o povo, com sua democracia”, disse.

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