RIO DE JANEIRO - O número de empresas que começaram ou voltaram a funcionar no país foi quase o mesmo do total que encerrou as atividades em 2011, mostram dados da pesquisa "Demografia das Empresas", divulgado nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento mostra que 871.804 empresas iniciaram a atividade naquele ano ou voltaram a funcionar após um período de interrupção temporária (não superior a dois anos). Outras 864.035 estavam ativas em 2010, mas encerram as suas atividades em 2011. Havia 4,5 milhões empresas ativas no país, sendo 2,3 milhões sem empregados. Segundo o IBGE, a proporção é diferente ao se considerar apenas as empresas que possuem funcionários. Nesse caso, foram 216.042 empresas que iniciaram ou retomaram as atividades e 90.653 que encerram. Ou seja, para cada dez empresas criadas, quatro foram fechadas.
Para a técnica do IBGE Katia Medeiros de Carvalho as empresas formadas apenas por sócios ou com um único dono têm maior volatilidade "uma vez que há mais dificuldade em se encerrar uma atividade quando se tem um funcionário".
A pesquisa também traz dados sobre as empresas consideradas de alto crescimento: aquelas que têm aumento médio dos funcionários igual ou maior do que 20% ao ano pelo período de três anos. Foram avaliadas aquelas que possuem dez funcionários ou mais.
"A exclusão das empresas com até nove pessoas assalariadas evita distorções nas taxas de crescimento, pois pequenas variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações relativas", informou o instituto de pesquisa.
Segundo o IBGE, a relação entre o número de empresas de alto crescimento e o total de empresas com dez ou mais pessoas ocupadas foi de 7,7%, a menor taxa entre os anos analisadas. Em 2008, havia sido de 8,3%, enquanto em 2009 e 2010 de 7,9%.
"Essa redução ocorreu porque o número de empresas de alto crescimento aumentou em um ritmo menor (3,6%) do que o conjunto das empresas com dez ou mais pessoas assalariadas (5,9%)", diz relatório do IBGE.
No caso das empresas de alto crescimento mais jovens, chamadas de gazelas e que tinham até oito anos em 2011-a taxa também caiu. Era de 7,1% em 2011, enquanto nos anos anteriores ficou em 7,9% (2008), 7,4% (2009) e 7,2% (2010).