Melhor data em vendas para o comércio, o Natal também significa oportunidade de trabalho temporário. Em 2013, embora de forma mais lenta que em anos anteriores, o número de contratações deve crescer.
Pesquisa encomendada por entidades ligadas ao setor de mão de obra temporária prevê a criação de 159 mil vagas na indústria e no comércio no país, 1,3% a mais do que em 2012, quando foram contratados 157 mil empregados para o fim do ano, um aumento de quase 7% em relação a 2011.
A região Sudeste é a que mais vai contratar. Só em São Paulo, o levantamento indica a admissão de 46,8 mil temporários para o Natal. Em Minas Gerais, o segundo colocado, serão 18,2 mil empregos. De acordo com o estudo, cerca de 12% desses trabalhadores têm chance de serem efetivados.
A remuneração média esperada no comércio oscila entre R$ 750 e R$ 1.250. Já na indústria, as principais contratantes serão as fábricas de bens de consumo, que oferecerão salários entre R$ 950 e R$ 1.500. As principais funções procuradas serão as de analista de crédito, vendedor, auxiliar administrativo e auxiliar de departamento financeiro.
Na capital, segundo estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), devem ser abertas entre 9.312 e 9.402 vagas temporárias, um crescimento de até 4% em relação ao ano passado. E a previsão é que 20% desse contingente tenha a carteira assinada ao final do contrato. “A subida dos juros e a volatilidade do dólar atrapalham. Mas estamos animados. Não é um crescimento tão vigoroso, mas, ainda assim, significativo”, afirma o presidente da CDL-BH, Bruno Falci.
No varejo em Belo Horizonte, cerca de 90% das vagas são para as funções de vendedores, estoquistas, promotores, demonstradores, degustadores, repositores, caixas e auxiliares de crédito.
Os rendimentos, no geral, são mais baixos, pouco acima de um salário mínimo. “Mas alguns cargos ganham comissão”, diz Falci. Segundo ele, 80% dos empresários contratarão de um a cinco empregados.