O relacionamento comercial entre os países de língua portuguesa tem aumentado exponencialmente. Entre 2003 e 2012, as negociações entre Brasil e Portugal, por exemplo, saltaram 238,6%. Somente em 2012, o movimento financeiro entre os dois países acumulou US 2,6 bilhões, segundo levantamento da Central ExportaMinas. No mesmo período, as exportações do Brasil para Portugal cresceram 157,3%, contra 596,5% de importações.
Angola aparece em segundo lugar como maior parceiro comercial do Brasil. De 2003 a 2012, a corrente de comércio entre os dois países cresceu 389%. As exportações subiram 386,1%, enquanto as importações aumentaram 508,1%.As interações dos oito países de língua portuguesa podem intensificar a economia e, até mesmo, salvá-los de situações adversas, como a crise na zona do Euro, conforme avalia o presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Raul Penna. A afirmação foi feita durante o 7º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que começou ontem e termina hoje, no Minascentro, com a presença de representantes do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Para o diretor de Negócios da Fundação Dom Cabral, Sherban Cretoiu, a intensificação do relacionamento entre as nações que falam português pode iniciar uma nova ordem econômica. Aliás, de acordo com ele, já iniciou. “O mundo se dividiu em duas janelas de oportunidades. Uma, representada pela América Latina. Outra, pela África”, diz.
Segundo o presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil em Minas Gerais, Fernando Dias, assim como o Brasil, os países da África têm sido alvo de investimentos. O motivo é a necessidade de obras, principalmente, na área de infraestrutura.