O número de empresas ativas em Minas Gerais cresceu 8,3% em 2014 na comparação com 2013, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O Estado tem 1,7 milhão de empresas ativas, atrás apenas de São Paulo, que tem 4,6 milhões.
O crescimento se deve, entre vários fatores, aos exemplos de empreendedorismo que incentivam a abertura de novos negócios todos os dias no país.
Algumas dessas histórias de determinação estão reunidas no livro “Vai que dá!”, da editora Endeavor Brasil. Na obra, dez casos de pessoas que transformaram suas ideias em negócios de “alto impacto” são relatados, mostrando a trajetória de cada empresa desde o início até a consolidação dentro do mercado.
É o caso da mineira Prática Fornos, fundada em 2001 pelos irmãos André e Luiz Eduardo Rezende na cidade de Pouso Alegre. Hoje, a empresa tem mais de 400 funcionários e é referência no segmento de equipamentos de panificação de baixo consumo energético.
O negócio começou depois que a padaria da família dos empresários quebrou. Administrando o empreendimento, eles perceberam que os gastos com energia elétrica eram quase tão altos quanto a folha de pagamento.
Por não encontrarem equipamentos que tivessem alta produtividade e boa eficiência energética, decidiram desenvolver a solução que resultou na linha de produtos que hoje é utilizada por padarias e cozinhas industriais de todo Brasil.
“Em 2006, quando houve o apagão, fomos obrigados a nos reinventar desenvolvendo o primeiro forno bioenergético desse mercado. A partir daí, viemos transformando essa experiência em parcerias com instituições de pesquisa, com toda eletrônica embarcada produzida na região”, relata Luiz Eduardo.
Em 2013, o faturamento da Pratica Fornos cresceu 15%, chegando a R$ 115 milhões. A meta de crescimento para este ano é de 14%.
Atendimento em saúde
A ascensão da empresa especializada em tecnologia para a área de saúde, ToLife, foi ainda mais rápida. Fundada em 2009 pelo cientista da computação Leonardo Lima, a companhia se tornou destaque na implantação de um sistema informatizado para classificação de risco em unidades de saúde.
A grande aposta do empresário foi criar uma ferramenta que facilitasse o processo de classificação de risco de forma segura, otimizando o trabalho dos gestores de hospitais e dos profissionais da saúde.
A empresa está presente em 15 estados brasileiros, com mais de cinco mil unidades de saúde utilizando o serviço. “Estamos focados nos serviços de urgência e emergência de casos agudos, mas já estamos desenvolvendo projetos para casos crônicos”, comenta Lima.
A ToLife teve um faturamento de R$ 10 milhões em 2013 e tem expectativa de chegar aos R$ 15 milhões neste ano.