Oi vai recorrer da multa de R$ 34,2 mi aplicada pela Anatel

Agencia Estado
16/02/2013 às 09:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:02

Dívida da operadora caiu de R$ 65 bi para R$ 22 bi em seis anos (Divulgação/Oi)

Uma extensa série de desrespeitos às metas de qualidade do serviço de telefonia pode custar R$ 34,2 milhões à Oi. Esse foi o valor da multa aplicada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à companhia por infrações ocorridas durante o ano de 2009. A operadora, no entanto, avisou que vai recorrer da decisão do órgão regulador.

A lista de irregularidades é longa e começa com uma taxa de reclamações acima do tolerável pela Anatel em abril daquele ano. Além disso, o índice de completamento de chamadas ficou abaixo do exigido pela agência de março a julho e a taxa de chamadas ficou fora da meta durante os 12 meses de 2009.

Os cinco processos administrativos que culminaram na multa milionária também dão conta de que a companhia não atendeu as metas para a quantidade de chamadas completadas para os call centers durante todo o ano de 2009.

A taxa de atendimento pelas telefonistas da Oi ficou abaixo do exigido em agosto, e o tempo para o atendimento só se enquadrou na meta de 60 segundos em março, ficando além do limite nos outros meses.

Segundo a Anatel, a taxa de resposta às demandas apresentadas por usuários da Oi em 2009 ficou fora da meta de fevereiro a junho e de agosto a dezembro daquele ano, ultrapassando o período de dez dias de janeiro a maio e de julho a outubro. Da mesma forma, a Oi descumpriu as metas de atendimento ao limite de erros em contas durante todo o ano de 2009.

Já a taxa de recuperação de falhas e defeitos foi insuficiente em janeiro, junho, agosto, setembro, outubro e dezembro. Além disso, esse último indicador só não ultrapassou o prazo máximo de 48 horas nos meses de junho e novembro daquele ano.

Por meio de nota, a Oi informou que "está analisando" o teor da decisão da Anatel, mas adiantou que vai recorrer da punição. Caso o órgão regulador mantenha a multa e a operadora leve a contestação para a Justiça, ainda assim os R$ 34,2 milhões deverão ser depositados em uma conta judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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