O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, lamentou o fraco crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2012, mas disse que esse desempenho já era aguardado pela associação. "Enquanto (o governo) não mexer no tripé do mal, formado por juros, tributos e câmbio, esse País nunca vai crescer."
Aubert atribuiu a perda da competitividade da indústria brasileira principalmente ao câmbio, considerado desvantajoso para a competição externa do maquinário brasileiro e, ao mesmo tempo, incentiva a importação desses produtos. "Posso ter as melhores máquinas do mundo, as melhores cabeças, os melhores choques de gestão, mas com esse câmbio eu perco toda a competitividade", disse.
O dirigente afirma ainda que o avanço de 0,4% do PIB da indústria no quarto trimestre, em relação ao terceiro, é explicado pela alta importação de máquinas e equipamentos. "Como pode um país que tem quase pleno emprego e recorde de arrecadação não crescer? Porque a demanda interna está suprida pelo mercado externo."
O presidente da Abimaq projeta um 2013 melhor que 2012. "Mas vai ser aquela coisa... Nada para comemorar. Vai crescer, mas não o que precisa." Ele também disse que o primeiro trimestre deve ser ruim para a indústria, que deve começar a deslanchar apenas a partir do segundo trimestre.
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