O Brasil perdeu 204 mil postos de trabalho em apenas um trimestre, ao mesmo tempo em que mais 115 mil pessoas migraram para o contingente de desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego passou de 12,6% em fevereiro para 12,7% em maio. O resultado só não foi mais elevado porque outros 475 mil indivíduos aderiram à população inativa no período. A população inativa alcançou o patamar recorde de 65,413 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, dentro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
No trimestre até maio, o mercado de trabalho perdeu 351 mil vagas com carteira assinada no setor privado, em relação ao trimestre terminado em fevereiro, descendo ao menor patamar da série histórica.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou em 307 mil pessoas, e outros 193 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve aumento de 290 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 155 mil pessoas.