Pouco mais da metade das obras previstas no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, estarão prontas até a Copa das Confederações, que acontece em junho de 2013. E à época da competição, os passageiros ainda enfrentarão transtornos extras causados pelas intervenções e serviços em andamento para ampliar e melhorar o terminal até o Mundial de 2014.
“A produção, até o meio do ano que vem, deve ser de 70% a 60%. As salas de embarque e desembarque, por exemplo, estarão concluídas. Hoje, temos 15% do previsto executado”, disse o diretor de Obras da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Jaime Parreira. Ele era um dos integrantes da comitiva liderada pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que esteve em Confins, na última quinta-feira (5), com o objetivo de vistoriar o aeroporto.
“Teremos que fazer o que chamamos de paralelismo, que são várias obras simultâneas. Mas vamos trabalhar para causar o mínimo descontentamento operacional”, minimizou Parreira. Para o superintendente de Projetos Especiais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Danilo Colares, os problemas serão inevitáveis. “Minas gosta de receber bem, mas estamos recebendo mal. Com menos conforto, o passageiro que virá para a Copa das Confederações terá que ter mais paciência”, admitiu. Dados obtidos com exclusividade pelo Hoje em Dia mostram que a espera na fila do check in pode chegar a 46 minutos em Confins, quase o tempo da viagem de avião ao Rio de Janeiro.
Copa do Mundo
Com o relógio correndo, a esperança é que a ampliação do terminal 1 e a construção do terminal 3, o puxadinho, decolem até a Copa do Mundo. “Tenho certeza que é perfeitamente factível entregar as obras em dezembro de 2013”, garantiu o ministro Wagner Bittencourt. “Avançou muito desde que estive aqui, em junho”, disse, observando a construção da nova via de desembarque e embarque de passageiros.
Para que tudo ocorra a tempo e a hora, o diretor Jaime Parreira, assim como declarou o superintendente Regional Sudeste da Infraero, Mário Jorge Fernandes, não descarta um aditivo ao contrato de R$ 233 milhões com o Consórcio Marquise/Normatel, responsável pela reforma do terminal 1. “Isso faz parte do jogo e pode ocorrer em qualquer obra. Não tem a ver com atraso”, afirmou.
Na semana que vem, a Infraero irá apresentar o novo cronograma, que foi revisado e compactado em conformidade com as empresas. “A gente conseguiu equalizar isso em um acordo que está sendo fechado e será assinado nos próximos dias”, disse o diretor da estatal. O planejamento inclui novos turnos e mais trabalhadores nos canteiros de obras.