De abril de 2023 a abril deste ano, o Brasil registrou 23,979 milhões de empresas ativas, 2 milhões a mais em relação ao recorte 2022/23. Destas, mais de 60% (14.663.004) são Microempreendedores Individuais (MEIs), a maioria do setor de Serviços. Em Minas, o saldo no período foi de 189.161 e o Estado somou 2,509 milhões de empresas, sendo a maioria formada também por MEIs do setor de serviços, conforme aponta IPC Maps 2024, que calcula índices de potencial de consumo nacional com base em fontes oficiais.
Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, de 2023 para 2024 a quantidade de empresas subiu 9,2% no interior e 7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 8,1% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia”, afirma.
Líder no ranking, o segmento Serviços registrou alta de 10,5% no período em nível nacional, marcando presença em 13,7 milhões de estabelecimentos, entre MEIs, Empresas de Pequeno Porte (EPPs) e demais naturezas jurídicas. Em território mineiro o índice foi um pouco maior (10,7%), totalizando 892.119 estabelecimentos no formato microempreendimento individual.
A expansão do setor de comércio ficou em segundo lugar (3,7%), reunindo quase 5,7 milhões de lojas no país. Em Minas, 381.287 unidades, sendo 9.721 novas lojas, uma alta de 2,6%. O setor que menos registrou novas empresas no Estado foi o agronegócio. No período analisado foram 1.007 novos negócios (9,9%)
Já em relação à distribuição de estabelecimentos no âmbito nacional, a Região Sudeste segue no topo, abrigando mais da metade (51,8%) das corporações, somando cerca de 7,3 milhões de unidades só no setor de Serviços. Depois, vem o Sul com 18,9%, Nordeste com 16,2%, Centro-Oeste e seus 8,4%, e Norte que, perdendo cada vez mais representatividade nos negócios, possui apenas 4,6% das organizações ativas no País.
Partindo para a análise quantitativa para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps reflete uma melhoria geral. A começar pelo Nordeste e Norte que, mesmo nas últimas posições, evoluíram para, respectivamente, 70,58 e 62,80 corporações/mil habitantes. As demais regiões seguem em vantagem, contando com 149,06 (Sul), 145,10 (Sudeste) e 120,74 (Centro-Oeste) companhias/mil habitantes.
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