Petrobras não prevê reajuste e diz que preço da gasolina é justo e de mercado

Folha Press
28/04/2015 às 14:58.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:48
 (Carlos roberto/Arquivo Hoje em Dia)

(Carlos roberto/Arquivo Hoje em Dia)

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou nesta terça-feira (28) que não há perspectiva de reajuste no preço da gasolina e outros combustíveis nas refinarias neste momento.

"Os preços atuais, dada a volatilidade do câmbio que estamos vivendo, não traz prejuízo, mas também não é um valor vil que está muito acima dos custos que nós temos", afirmou Bendine durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).

Ele afirmou que não poderia fazer comentários sobre possíveis prejuízos gerados pela política de preços da estatal na gestão anterior à sua. "Isso tem de ser respondido por quem estava à frente da empresa na ocasião."

O presidente da estatal afirmou que a gasolina pode estar mais cara no Brasil do que no mercado americano, mas que o preço é competitivo em relação a outros mercados, como o europeu.

CORRUPÇÃO

O presidente da estatal afirmou que, com a publicação do balanço de 2014, foi vencido o capítulo da credibilidade da empresa em relação à sua financiabilidade. Disse ainda que os próximos passos são a revisão do plano de negócios, que deve sair em 30 ou 40 dias, e, na sequência, uma reorganização administrativa da empresa.

Sobre as perdas da empresa com corrupção, Bendine afirmou que a empresa não defende mudanças na legislação que dá liberdade de contratação à estatal, mas que os processos de licitação serão revistos.

"Vamos mitigar muito situações que a empresa vivenciou. Trabalhar na tomada de decisões cruzadas de mais áreas e mais técnicos, sem que se comprometa a agilidade.

Já começamos a discutir, é projeto de longo prazo, começando de cima para baixo", afirmou.

"Já estamos fazendo mapeamento de processos na empresa para identificar onde há fragilidade. Com certeza, isso mitigará de forma expressiva qualquer risco de desvio nas decisões da empresa."

PREJUÍZO

A Petrobras divulgou na última quarta-feira (22) prejuízo de R$ 21,6 bilhões em 2014. A empresa teve perdas de R$ 6,2 bilhões relacionadas à corrupção e de R$ 44,345 bilhões com a reavaliação do valor dos seus ativos.

Bendine afirmou que essa perda com corrupção pode ser maior que o estimado até o momento e que esses valores podem ser recuperados. Disse ainda que não há nada provado até o momento em relação a esses desvios. 

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