PIB de 2014 sobe 0,1% ante 2013, informa IBGE

Estadão Conteúdo
27/03/2015 às 09:33.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:24

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,1% em 2014 ante 2013, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,20% a expansão de 0,20%, que resultou em mediana com variação zero.

No quarto trimestre de 2014, o PIB avançou 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou dentro das estimativas dos analistas, que previam desde queda de 0,40% a alta de 0,40%, com mediana negativa de 0,10%.

Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o PIB apresentou queda de 0,2% no quarto trimestre de 2014, vindo dentro das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que variavam de um recuo de 1,50% a 0,10%, com mediana negativa de 0,80%. Ainda segundo o instituto, o PIB do quarto trimestre de 2014 totalizou R$ 1,446 trilhão. Com esse resultado, o PIB de todo o ano passado somou R$ 5,521 trilhões. Economia cresce 0,1% em 2014, pior resultado em 5 anos | Create infographics

MUDANÇAS METODOLÓGICAS

A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 e 2013 decorreu das mudanças metodológicas promovidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para adequar o Sistema de Contas Nacionais aos padrões internacionais, afirmou nesta sexta-feira a coordenadora de Contas Nacionais do órgão, Rebeca Palis. A despeito de os dados definitivos estarem previstos apenas para novembro deste ano, também houve incorporação de novas fontes de dados e pesquisas estruturais, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM).

"Teve alteração de fontes de dados. Nós nos adequamos à nova classificação de atividades econômicas. Além disso, mudou o cálculo da taxa de crescimento do setor da construção", lembrou Rebeca. "Na parte de serviços, tem algumas coisas que são mudanças de fonte em razão da incorporação da Pnad 2012 e  2013, afetando especialmente, no caso dos serviços, as atividades imobiliárias e administração pública, que usam esses dados como fonte", acrescentou.

Segundo a coordenadora, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), antes usada parcialmente no cálculo do PIB, agora foi totalmente incorporada tanto em 2012 quanto em 2013. Pela ótica da demanda, as mudanças têm a ver com a classificação de ativos, que alteraram principalmente os investimentos, diante do entendimento de que os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) agora são investimentos - e não mais consumo.

Em 2013, o crescimento passou de 2,5% para 2,7%, influenciado principalmente pelo desempenho da agropecuária, que cresceu 7,9% em vez da taxa de 7,3% inicialmente apurada. Em 2012, o crescimento passou de 1,0% para 1,8%, puxado pela indústria (-0,8% para 0,1%). Também em 2012, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) diminuiu a queda com a revisão, de -4,0% para -0,6%.

"Além da mudança da metodologia, parte de edição de livros saiu da indústria e passou para serviços de informação. Essas revisões também têm um pouco a ver com mudança de classificação", frisou Rebeca.  

A série das Contas Nacionais Trimestrais foi atualizada a partir da nova metodologia retroativamente até 1996. Com isso, houve grande alteração nas taxas de 1998, 1999 e 2000, afirmou a coordenadora. A média de crescimento entre 1996 e 2000 passou de 2,0% para 2,1%, segundo Rebeca. No acumulado desse mesmo período, o crescimento passou de 10,5% para 11,2%.  
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