PIB de Minas Gerais encolhe 0,7% no 1º trimestre de 2015

Hoje em Dia
09/06/2015 às 14:44.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:24

(Fundação João Pinheiro/ Divulgação)

O PIB de Minas Gerais decresceu -0,7% em termos reais no primeiro trimestre de 2015, com retração no setor industrial (-0,1%), de serviços (-0,7%) e na agropecuária (-0,8%). Os dados são parte do boletim Informativo CEI - Produto Interno Bruto - 1º trimestre/2015, publicado pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP), nesta terça-feira (9/6), no site da instituição.

No setor agropecuário, a produção do primeiro trimestre foi negativamente afetada pela estiagem, em particular no mês de janeiro. As primeiras safras do feijão e do milho foram severamente prejudicadas em Minas Gerais, ao contrário do que ocorreu no plano nacional.

Na indústria, a retração de 0,1% foi fortemente influenciada pelo resultado negativo apresentado pelo subsetor da indústria de transformação, que teve recuo de 2,6% no volume de valor adicionado no primeiro trimestre. Isso foi ocasionado pelo aprofundamento do ajuste de estoques na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, de produtos de minerais não-metálicos, de têxteis, de bebidas e de produtos do fumo.

O volume de produção e distribuição de eletricidade, água e saneamento apresentou decréscimo de 2,2% no primeiro trimestre, devido à redução do consumo de energia elétrica e à contenção da geração de eletricidade nas usinas hidroelétricas situadas no território de Minas Gerais, particularmente daquelas que exploram o lago de Furnas.

Na indústria da construção civil, estimou-se variação negativa em termos reais de 0,5% em relação ao trimestre anterior. O subsetor da extração mineral foi o único que apresentou resultado positivo, com acréscimo de 3,1% no volume de valor adicionado no primeiro trimestre, graças à tímida recuperação da exportação de minério de ferro no período.

A diminuição de 0,7% no setor de serviços mineiro, no primeiro trimestre do ano comparando ao trimestre imediatamente anterior, foi decorrente, principalmente da queda de 1,8% no comércio. Os serviços da administração pública e os aluguéis também apresentaram reduções reais de 0,2% e 0,1%, respectivamente. Nos transportes e na produção de “outros serviços”, houve expansão do volume produzido, de 0,4% e 0,2%.

Advertência

Em função do descompasso entre a atualização em nível regional e em nível das unidades federativas, as comparações dos resultados estaduais com os nacionais devem ser feitas com mais ressalvas do que o usual.

A mudança de metodologia de cálculo do PIB nacional e do PIB para as unidades federativas brasileiras não ocorre simultaneamente. Assim, a incorporação das recomendações do atual Manual de Compilação das Contas Nacionais das Nações Unidas, (System of National Accounts - SNA), de 2008, já foi efetivada pelo IBGE nas Contas Nacionais Trimestrais.

No entanto, tal incorporação somente será processada no plano estadual em novembro de 2015, quando será divulgado o novo Sistema de Contas Regionais (referência 2010).

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