População de baixa renda pode ser beneficiada com o "Bolsa Novela"

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
25/02/2013 às 07:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:19
 (Divulgação/STB)

(Divulgação/STB)

A proposta do governo federal de lançar o “Bolsa Novela”, com a doação de conversores digitais para a população de baixa renda, é aguardada com otimismo pela indústria de eletroele-trônicos. A ação, que aceleraria a implantação da TV digital no país, anima os empresários do setor, mas desde que os equipamentos sejam fabricados no Brasil.

O conversor, ou set top box, é o aparelho que se adapta a uma TV convencional – de tecnologia analógica – para captar o sinal digital. Se adotado, o projeto do Ministério das Comunicações atenderá a todos os beneficiários do Bolsa Família - daí o apelido que o programa recebeu. Conforme declarou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a intenção é acabar com a “era do bombril na antena”. Atualmente, a pasta faz um estudo do impacto financeiro a fim de viabilizar a medida, que precisa passar pelo crivo da presidente Dilma Rousseff.

“A notícia é ótima. Toda vez que o governo toma a iniciativa de equipar a população, isso gera mercado. Nesse caso específico, considerando-se que o Brasil tem 70 milhões de domicílios e que, a cada dez, será pelo menos um aparelho, isso significa 7 milhões de conversores. É muita coisa”, avalia o presidente da Clamper e diretor-regional da Associação Brasileira da Indústria de Eletroele-trônicos (Abinee), Aílton Ricaldoni.

“Com o estímulo, fabricantes podem voltar ou até mesmo entrar para esse segmento de mercado”, afirma o diretor, que defende a exigência de produção nacional para as compras do governo.

Retomada

A STB Eletroeletrônicos Brasil, com sede em Santa Rita do Sapucaí, no Vale da Eletrônica, foi uma das pioneiras na fabricação de conversores digitais. Desanimada com a morosidade do governo no processo de digitalização, entretanto, a companhia interrompeu a produção.

“Saímos na frente, mas tivemos que recuar. Aceleramos a fabricação, mas a transmissão ficou em banho-maria. Só agora, após a divulgação do ministro, estamos estudando a possibilidade de voltar”, afirma o diretor da STB, Sílvio Santos.

Segundo ele, sem incentivo e com custos altos, quase não há fabricantes de conversores no país. O preço para o consumidor gira em torno de R$ 200. “Hoje, vem quase tudo da China”, lamenta. A “Bolsa Novela”, conforme Santos, pode escrever um novo capítulo dessa história.

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