Postos reajustam gasolina em até 8% e impacto já é sentido no bolso do consumidor

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
31/01/2013 às 06:44.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:31
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

O impacto do reajuste da gasolina para o motorista belo-horizontino chegou a ultrapassar o percentual anunciado pela Petrobras, em vigor desde a última quarta-feira (30). O repasse variou entre 3,75% e 8,68% nas bombas. Nesse último caso, mais do que os 6,6% anunciados pela Petrobras para as refinarias. Na média, a alta para o consumidor deve ficar em 4%.

De acordo com o gerente de um posto de combustíveis do bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste da cidade, não foi possível impedir o repasse para o consumidor.

“Hoje (ontem), eu comprei gasolina na expectativa de conseguir o preço antigo, mas já estava reajustado. Na semana passada, o valor à vista era de R$ 2,41. Agora, está em R$ 2,48”, afirmou o gerente.


Estimativas

Em média, o preço final da gasolina nos postos subirá cerca de 4%. Na prática, esses percentuais significam uma alta entre R$ 0,08 e R$ 0,10 no litro do combustível, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia.

O reajuste para o consumidor será menor porque o aumento incide na gasolina tipo A (pura). “Na composição da gasolina C, aquela que o consumidor compra, vai 20% de etanol, e o etanol não teve aumento. Por isso, a porcentagem é menor”, apontou Gouveia.

Embora alguns postos de combustíveis de Belo Horizonte já tenham alterado o valor da gasolina na bomba, em grande parte dos estabelecimentos, ainda é possível encontrar o preço antigo, sem reajuste. A estimativa do setor é a de que o aumento leve até três dias para ser repassado às bombas.

“Os postos costumam ter estoque de combustível de até três dias e o repasse será sentido a partir da próxima compra das distribuidoras”, diz o presidente do Sincopetro.
 

Etanol

Apesar do aumento da gasolina, o etanol permanece desvantajoso. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mostra que, em Belo Horizonte, o preço médio do álcool combustível é de R$ 2,06.

Por ter um rendimento 30% menor, o etanol deve custar, no máximo, 70% do valor da gasolina para ser competitivo, ou R$ 1,97, em média, considerando que a gasolina ficará em torno de R$ 1,81 após o reajuste.(Com agências)

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