Além de BH, valor dos produtos apresentou redução em outras 16 capitais
Belo Horizonte está entre as capitais com as maiores quedas no preço da cesta básica no Brasil. Na metrópole mineira, o valor do conjunto de alimentos apresentou redução de 6,39% em julho, conforme pesquisa divulgada nesta terça-feira (6). Apesar do recuo, o custo ainda é alto para o trabalhador, que precisa pagar R$ 656,69 pelos produtos, praticamente metade de um salário mínimo.
Os dados foram apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além de BH, em outras 16 capitais o valor dos alimentos básicos consumidos pelas famílias caiu. As quedas mais relevantes foram verificadas no Rio de Janeiro (-6,97%) e Aracaju (-6,71%). Em São Paulo houve o maior custo. Lá, a cesta sai por R$ 809,77.
A pesquisa também apontou que em julho o tempo necessário para que o trabalhador belo-horizontino pudesse comprar a cesta básica correspondeu 102 horas 19 minutos. No restante do país, a média é 105h8min.
Na comparação dos valores da cesta entre julho de 2023 e julho de 2024, o custo dos alimentos subiu em 11 cidades, aponta o Dieese. O destaque ficou com Goiânia, que subiu 5,82%, seguida por Campo Grande (MS), 5,54% e São Paulo (SP), 5,71%.
Já levando em conta os dados de janeiro a julho deste ano, 15 cidades tiveram alta nos preços médios - Belo Horizonte com alta de 0,06% e Fortaleza, com 7,48%.
Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo deveria ser de R$ 6.802,88, ou 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412.
* Com Agência Brasil
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