A balança comercial de Minas Gerais não passará ilesa pelo atual ciclo de preços baixos das commodities. O comportamento desfavorável dos preços de produtos como café, milho, soja e ouro diminuiram as divisas de exportação, mesmo com alta de volumes.
Em 2012, as exportações totais do Estado foram de US$ 33,429 bilhões, montante 19,2% inferior aos US$ 41,393 bilhões de um ano antes. O resultado de 2013 será em torno US$ 32 bilhões, segundo projeções da Fiemg e “estável em relação a 2012 na melhor das hipóteses” para a Faemg.
No caso das commodities agrícolas, o café tem o cenário mais adverso. “Foram sete ou oito anos de alta no preço do café arábica. As empresas optaram então por maior participação do café conillon no blend (mistura), visando baratear o café no mundo. Em Minas se produz mais o arábica, por isso perdemos com esse movimento”, disse o coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela.
De janeiro a maio deste ano, Minas Gerais exportou o equivalente a US$ 1,3 bilhão de café. A redução é de 18% na comparação com igual intervalo de 2012. Somente nos últimos dois meses, a queda é de 30%. A projeção de Vilela é a de que o agrone-gócio mineiro realize exportações totais de US$ 7,2 bilhões, contra US$ 7,8 de 2012.
Ferro
O minério de ferro, com tendência de preços estáveis, terá uma alta de 5% nos embarques, conforme previsões da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O percentual foi revisado para baixo (antes era de alta de 8%). “A China não reagiu como se esperávamos”, disse o consultor de negócios internacionais da entidade, Alexandre Brito. No caso do ouro o viés é de redução de preços e menor exportação.
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