Preço de imóvel na capital mineira cai 0,3% em junho

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
03/07/2013 às 06:53.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:42

O preço médio dos imóveis à venda em Belo Horizonte caiu 0,3% em junho. Nos últimos 12 meses, a queda é de 0,4%, já descontada a inflação de 6,8% apurada pelo IBGE no período.

Apesar do leve recuo, segundo especialistas, ainda é cedo para falar em imóveis mais baratos na capital. Em tempos nebulosos na economia brasileira, o sinal claro é de acomodação.

Os dados fazem parte do Índice FipeZap, desenvolvido em conjunto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo portal ZAP Imóveis, em 16 cidades brasileiras, inclusive Belo Horizonte.

Segundo o levantamento, em maio, os preços médios de casas e apartamentos na capital mineira já registravam discreta queda de 0,1%.

“Belo Horizonte apresentou duas quedas consecutivas, ainda que pequenas, em maio e junho. E nos últimos 12 meses os preços têm oscilado, mas crescido menos que a média histórica de 1,2% ao mês. Assim, a tendência para os próximos meses é a de crescimento abaixo dessa média, apurada desde 2009”, analisa a economista da Fipe, Priscila Fernandes Ribeiro.

Ranking

Com preço médio do metro quadrado de R$ 5.163, ela lembra que Belo Horizonte permanece na quinta posição no ranking das cidades com imóveis mais caros. Mas a performance atual é bem diferente das de São Paulo, Rio de Janeiro e até Niterói.

“Cidades que estão recebendo mais investimentos públicos, em função da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, apresentam valorizações em algumas regiões, elevando o índice geral. É o caso da região de Itaquera, na capital paulista, que receberá um estádio para o Mundial e linha de metrô”, disse.

Com menos holofotes e dinheiro que os outros dois grandes centros do Sudeste, Belo Horizonte vive uma fase de preços estacionados. “O comprador está mais seletivo. Já entendeu que os preços não subirão, pelo menos até o fim deste ano, e perdeu a pressa”, afirma o diretor da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Odair Bicalho.

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