BRASÍLIA - O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, desmentiu nesta terça-feira (22) boatos de que a filial brasileira do banco seria vendida. Antes de audiência com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, disse também que espera que o país cresça 3% neste ano e que o fraco desempenho econômico em 2012, "comparado à Europa, está muito bem". "Te digo que nós do Banco Santander algumas vezes vendemos algo, mas, no Brasil, compramos [ativos]", disse. "O Brasil, para o Santander, é o país mais importante do mundo."
Segundo Botín, o banco tem planos de ampliar investimentos no Brasil. Pauta do encontro desta terça, o presidente do Santander afirmou que o grupo pretende abrir novos escritórios em várias regiões, além de organizar a assinatura, no ano que vem, de novos compromissos, durante a realização de seu encontro de reitores de universidades do mundo inteiro, no Rio de Janeiro.
Botín classificou ainda o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, como "um grande presidente do Banco Central". Ele também participa da audiência. "O Brasil tem um sistema financeiro que é único no mundo, porque vocês têm três grandes bancos públicos, três grandes privados e um grande presidente do Banco Central", disse Botín.
Queixa frequente do setor, de que o país seria demasiadamente intervencionista, Botín limitou-se a dizer que "outros países do mundo intervêm mais". Disse ainda que "está convencido" de que 2013 "será melhor do que o ano passado". "O banco Santander acredita que a economia crescerá 3%. No ano passado cresceu 1%, o que é pouco para o Brasil, mas, comparado à Europa, está muito bem."