Ritmo acelerado

Pressionada por combustíveis, inflação em BH dobra da 1ª para 2ª semana de março

Hermano Chiodi*
hcfreitas@hojeemdia
Publicado em 07/04/2023 às 12:09.
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A inflação em Belo Horizonte acelera e dobra entre a primeira e a segunda semana de março, de acordo com o Índice de Preço ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado nesta quinta-feira (6), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Cinco das sete capitais pesquisadas tiveram alta. 

Na capital mineira, os preços passaram de 0,35% para 0,72%. Belo Horizonte foi a cidade com a segunda maior alta de preços, atrás apenas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que registrou elevação de 1,06% nas duas primeiras semanas do mês. 

Na média do país, a inflação no período ficou em 0,61% e acumula alta de 3,90% nos últimos 12 meses, segundo a FGV. São Paulo, com inflação de 0,53%, Brasília, com 0,67%, e Salvador, com 0,34% de elevação, completam a lista de cidades com inflação acelerada.

Para o economista Newton Marques, esse é um sinal de que ainda há pressão. “Isso é um dos indicadores de que há pressão de alguns setores, principalmente transportes. Não há mais aquela pressão de alimentos como vinha acontecendo, então isso vai acomodando preços, como é o caso também da educação. Nesse início de ano a gente consegue ver que itens ligados à educação também subiram de preço, então não dá para apontar nenhuma tendência”, afirmou Marques.
 
A empresária e contadora Emanuelle Silva explica que a variação deve impactar o consumidor final, mas acredita que essa aceleração é causada apenas pelo início que todo novo governo sofre. 

“Eu acredito que essa variação não seja em relação às projeções do governo, acho que é justamente por conta do primeiro trimestre do novo governo, a gente vive uma incerteza no início de todo governo”, explicou a contadora. 

O produto que mais impactou na inflação de Belo Horizonte foi a gasolina comum, que subiu 7,72%, de acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). 

Também pesaram no custo de vida dos belo-horizontinos o aumento nos preços da batata inglesa (12,88%), banana caturra (2,23%) e o óleo de soja (7,63%).

Preços dos aluguéis
A Fundação Getúlio Vargas também divulgou, nesta quinta-feira, o Índice de Variação dos Preços dos Aluguéis Residenciais (IVAR). Em Belo Horizonte houve queda no indicador, que passou de 5,97% para 4,76% entre fevereiro e março.

Apesar da desaceleração, a variação dos preços de aluguel em Belo Horizonte ainda está muito acima da média nacional, que terminou março em 0,97%. Dentre as capitais pesquisadas, a mineira foi a que teve a maior alta, bem à frente do segundo colocado, São Paulo, que registrou elevação de 2,50%.

*Com Agência Brasil 61

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