(Toyota/Divulgação)
As vendas de veículos novos caíram 27,5% em maio, ante o volume de um ano antes, mostrou balanço divulgado nesta segunda-feira (8) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entidade que representa as montadoras instaladas no país. Em relação a abril, a queda foi de 3%. No total, 212,7 mil veículos foram vendidos em maio, em número que inclui carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O resultado leva para 20,9% o tombo desse mercado desde o início do ano. O volume emplacado nos cinco primeiros meses -1,11 milhão de unidades- corresponde ao pior resultado da indústria de veículos em oito anos. Só no segmento de carros de passeio e utilitários leves, que teve descontos no IPI retirados na virada do ano, os volumes de maio caíram 26,3%, na comparação com igual mês de 2014. Foram 205,2 mil unidades licenciadas, 3,2% a menos do que em abril. Já as vendas de caminhões somaram apenas 6 mil unidades em maio, menos da metade do volume registrado um ano antes, de 12,7 mil veículos. Ante abril, os emplacamentos de caminhões subiram, 3,9%. No segmento de ônibus, as vendas do mês passado foram 35,3% menores do que as de um ano atrás. No total, 1,5 mil coletivos foram entregues em maio, 7% abaixo perante abril. As vendas de máquinas agrícolas equivaleram a 4.148 unidades em maio. Em relação a abril, a queda foi de 2,6%; na comparação com maio do ano passado, a retração ficou em 32,6%. Segundo o balanço da Anfavea, as importações responderam por 15,2% de todos os veículos vendidos no quinto mês de 2015, abaixo dos 16,2% de abril. PREVISÕES Para 2015, a associação previu queda de 17,8% na produção de veículos no Brasil em 2015, para 2,585 milhões de unidades, piorando expectativa anterior divulgada em abril de queda de 10%. Para as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, a indústria vê agora baixa de 20,6% em 2015, para 2,779 milhões de unidades, frente a uma projeção anterior de queda de 13,2%. "As vendas de maio foram bastante piores do que esperávamos", disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.