Produtores defendem política para o carvão mineral

Eduardo Rodrigues
01/10/2013 às 18:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:57

Sem competitividade para participar do primeiro leilão de energia A-5 de 2013, realizado no fim de agosto, os produtores de carvão mineral esperam emplacar usinas do combustível fóssil no próximo leilão com fornecimento previsto para daqui a cinco anos, que será em 13 de dezembro.

Representantes da Frente Parlamentar do Carvão Mineral e empresários do setor reuniram-se, na tarde desta terça-feira (1°)  no Ministério de Minas e Energia para apresentar ao ministro Edison Lobão a evolução dos projetos do segmento, com o objetivo de mostrar a viabilidade das usinas a carvão, desde que haja uma política industrial nacional para o setor.

"A remuneração desta energia tem que ser capaz de financiar os investimentos nas usinas, mas o câmbio pesa para o setor, porque 80% dos equipamentos são importados", afirmou o deputado Afonso Hamm (PP-RS) ao chegar à sede do ministério. "Por isso pedimos uma política industrial para a cadeia do carvão", acrescentou.

Segundo Hamm, os produtores de carvão e potenciais investidores das usinas também não teriam tido tempo suficiente para formatar tecnicamente seus projetos para o leilão de agosto. "O objetivo hoje também é mostrar ao MME que é importante se criar ambiente técnico para viabilizar essas usinas", completou o deputado. De acordo com ele, três projetos de usinas no Sul do País estão habilitados e outros podem entrar na lista até a data do leilão.

Para o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o carvão mineral esteve muito tempo fora dos planos do governo para a composição da matriz energética brasileira por puro preconceito. "Não é uma questão de preço. A energia mais cara é aquela que não é utilizada", definiu.

Além de buscar ajustar detalhes técnicos junto ao ministério que possibilitem a participação efetiva do carvão mineral no A-5 de dezembro, parlamentares e empresários tentam melhorar as condições e prazos de financiamento dos empreendimentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
http://www.estadao.com.br

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