Projeto de avião não tripulado da Cemig aguarda regras da Anac

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
Publicado em 03/06/2013 às 07:36.Atualizado em 20/11/2021 às 18:46.

A falta de regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a utilização de Veículos Aéreos não Tripulados (Vants) emperra um dos projetos de inovação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Em processo de pesquisa e desenvolvimento pela estatal há seis anos, um avião de cerca de 1,5 metro por 1 metro, operado remotamente, espera o estabelecimento de regras pela agência reguladora para começar a inspecionar as redes de transmissão da companhia.

Reduzir custos e aumentar a frequência com que as redes são inspecionadas estão entre os objetivos do Vant, conforme afirmou o vice-presidente da companhia, Arlindo Porto, durante o 18º Encontro Apimec-Cemig, realizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na semana passada.

A expectativa é a de que, no futuro, o veículo possa substituir o trabalho feito por dois helicópteros e suas respectivas equipes. Os valores a serem economizados não foram informados.


Fim do ano

A previsão, diz o coordenador do projeto, o engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig Maurício de Souza Abreu, é a de que o projeto Vant, que recebeu cerca de R$ 5 milhões em investimentos, possa decolar até o fim deste ano. “Participamos do processo de regulamentação dos veículos por meio de audiências públicas realizadas pela Anac. Podemos dizer que o documento final sairá em breve”.

Apesar do otimismo, se a regulamentação já estivesse em vigor, seria possível preparar o veículo mais especificamente para levantar voo. “Certamente teremos que fazer algumas alterações. Porém, acreditamos que será pouca coisa”, diz o engenheiro.

Preparar o pessoal que irá operar os equipamentos também dependerá da publicação das normas pela Anac. “A regulamentação prevê, inclusive, o treinamento dos pilotos”, afirma o coordenador do projeto. Duas pessoas são necessárias para operar os equipamentos.

Enquanto a regulamentação não é publicada, o veículo voa com autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea). Para isso, o plano de voo é submetido ao órgão sempre que há uma decolagem. O veículo chega a 120 metros de altura.

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