(Toninho Almada)
Basta acessar um site de buscas à procura de determinado produto para que inúmeras ofertas do mesmo item ou de outros do mesmo segmento comecem a surgir na tela do computador. Se antes era o consumidor que ia atrás dos produtos, agora são as empresas que não tiram o olho dos potenciais clientes.
As chamadas malas diretas foram modernizadas e ganharam versão online, mas não são exclusivas do comércio eletrônico.
De acordo com o coordenador do curso de Produção Multimídia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Caio César Oliveira, existem duas maneiras de praticar o rastreamento de dados para oferecer publicidade direcionada.
Banco de dados
Uma delas é quando a empresa cria seu próprio banco de dados e mapeia os hábitos de compra dos clientes.
Por meio de cookies (informações armazenadas no computador), os sites sabem por quanto tempo uma página foi acessada e quais produtos foram comprados ou pesquisados.
“Eles te rastreiam, mas não compram nem vendem as informações. Isso é bom para o consumidor, que está ciente do que acontece e para quem nunca vão ser oferecidos produtos fora de seu padrão de compras”, afirma Oliveira.
Estratégia negativa
O outro tipo de rastreamento começa fora do mundo digital. “Você assina uma revista, por exemplo, e na semana seguinte começa a receber oferta de tudo quanto é tipo de produto, mesmo que você nem goste deles”, diz.
Nesse caso, a editora vende ou compartilha informações pessoais dos assinantes, como nome completo, endereço, e-mail e telefone. Segundo Oliveira, o resultado quase sempre é catastrófico em situações assim.
“Bancos, empresas de cartão de crédito e operadoras de telefonia também fazem isso, mas, sem informações adequadas dos clientes, acabam sendo inconvenientes”, diz.
http://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/assinantes/index.php