(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Considerado a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que os preços subiram 0,26% na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Variação foi o quarto menor resultado mensal apurado entre as 16 áreas pesquisadas, apontam dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a alta acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,67%, o maior índice verificado.
O maior impacto inflacionário apurado no mês passado, ou seja, o que mais pesou no bolso, veio do grupo Transportes, com alta de 12,1%. A alta no preço dos combustíveis tem peso direto neste grupo. A gasolina subiu 4,42% no período e provocou o maior impacto individual positivo no índice de julho: 0,24 ponto percentual. Também contribuíram o aumento das passagens aéreas (21,3%), seguro de veículo (7,64%), etanol (5,97%) e conserto mecânico (0,92%).
Em seguida aparecem Habitação (0,63%), Despesas Pessoais (0,57%), Comunicação (0,15%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,12%) e Educação (0,11%). Segundo o IBGE, em três grupos de despesas houve deflação (queda de preço): Alimentação e Bebidas (-1,37%), Vestuário (-0,40%) e Artigos de Residência (-0,14%).
No grupo Habitação, pesou o custo da energia elétrica, que subiu 1,73%. Em julho passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100kwh consumidos. A inflação das Despesas Pessoais foi provocada pela alta de preços em pacotes turísticos e de 1,35% no serviço bancário, segundo o IBGE.
Como ficou inflação no país?
]Em nível nacional, o IPCA também mostrou alta inflacionária, com variação de 0,38% na alta de preços em julho. Assim como apurado na Região Metropolitana de BH, o maior impacto do mês veio do grupo Transportes, com alta de 1,82% e peso de 0,37 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Quem mais influenciou foi a gasolina, que teve alta de 3,15% no mês e impacto de 0,16 p.p. A passagem aérea subiu 19,39% em julho, e peso de 0,11 p.p. no IPCA cheio.
O resultado geral de julho representa uma aceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado o mês de junho com alta de 0,21%. Em julho de 2023 os preços haviam subido 0,12%
A queda de 1% no grupo Alimentação e bebidas teve um papel importante de frear o choque de preços causados pelo grupo Transportes. Segundo o IBGE, houve melhora na oferta de alimentos in natura com as safras de inverno.
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