Depois de dez meses, duas licitações fracassadas e uma deserta, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) assinou com o consórcio mineiro UrbTopo/EPC Engenharia o contrato para a construção do Terminal 3 do Aeroporto de Confins. A obra custará R$ 22,3 milhões e tem previsão de término em abril de 2014, pouco antes de a bola rolar na Copa do Mundo no Brasil.
O “puxadinho”, como a obra foi apelidada, terá 5.400 metros quadrados e irá aproveitar a área de 1.800 metros quadrados do Terminal de Aviação Geral que já existe, mas é subutilizado. Os serviços incluem a construção de um saguão (780 metros quadrados), um módulo de desembarque (2.345 metros quadrados) e uma área de embarque (2.245 metros quadrados).
“A grande movimentação de táxis aéreos e aviões particulares está na Pampulha e no Carlos Prates, para aeronaves de menor porte. Portanto, quando ficar pronto, esse terminal será praticamente todo, cerca de 95%, voltado para a aviação comercial. E só uma das três grandes companhias aéreas que operam em Confins vai operar no novo terminal”, afirmou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
Segundo ele, terminais remotos em Brasília, Guarulhos e Porto Alegre operam dessa forma, com a presença isolada da Azul.
Com o anúncio da concessão do aeroporto de Confins à iniciativa privada, cujo leilão está marcado para outubro, e diante das tentativas fracassadas de licitar o Terminal 3, a Infraero encolheu o projeto inicial, que previa a capacidade de 5,8 milhões de passageiros por ano, para 3,9 milhões de passageiros.
Como o consórcio vencedor tem apenas 270 dias para finalizar a obra, o contrato também diz que a construção deve ser industrializada, pré-fabricada. Assim, painéis darão lugar à alvenaria. “Já estamos trabalhando no projeto para encomendar os primeiros insumos. Assim que a ordem de serviço for autorizada, começaremos pela implantação do canteiro de obras, seguida pelas sondagens, topografia e preparação do terreno”, detalhou o presidente da UrbTopo, Wilson Rezende.
Sua empresa e a EPC Engenharia, representada na assinatura do contrato pelo diretor de negócios, Nodge Castro Maia Filho, não têm experiência em aeroportos. Com a conclusão do terminal remoto e da ampliação do Terminal 1, a capacidade total do aeroporto será de 15,5 milhões de passageiros por ano.
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