Abastecer o carro com álcool combustível continua vantajoso na cidade de São Paulo, apesar de a relação dos preços do etanol e da gasolina ter sofrido leve aceleração entre a última semana de junho e a primeira de julho. De acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgados nesta quarta-feira, a taxa ficou em 66,97% no período, após ter atingido 66,86%.
"Ficou um pouco acima da anterior, mas ainda está relativamente baixa do que há um ano (67,83%), e permanece favorável ao etanol", disse Rafael Costa Lima, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em entrevista para comentar o IPC de 0,19% na primeira leitura de julho.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerado indiferente o combustível no tanque.
Na primeira quadrissemana de julho, que compreendeu os últimos 30 dias terminados no dia 7 deste mês, o preço do etanol ampliou o recuo para 2,62%, depois de ter caído 2,04% em junho. "A safra foi adiada por conta das chuvas, mas já está chegando ao mercado. Como a expectativa era de uma colheita menor em relação à anterior, a relação (álcool combustível/gasolina) não está despencando", explicou Costa Lima.
O preço da gasolina manteve a retração de 0,27% registrada anteriormente, segundo a Fipe.
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