Reta final para amenizar a mordida do IR em 2013

Janaína Oliveira - joliveira@hojeemdia.com.br
23/12/2012 às 07:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:57

Com fama de deixar tudo para a última hora, grande parte dos brasileiros empurra a preocupação com a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física para os meses de março e abril. Mas começar a pensar no acerto de contas com o Fisco com antecedência pode reduzir a dor de cabeça e amenizar o tamanho da mordida do Leão.

“A tão falada cultura do brasileiro de deixar o IR para em cima do prazo não tem reflexo apenas em erros que podem levar à malha fina. Ela também tem como resultado a diminuição da restituição dos contribuintes. Não há milagres, mas existem ferramentas legais que fazem com que o dinheiro devolvido seja muito maior”, afirma o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota.
 
 
Tudo depende de planejamento e vai variar de acordo com cada contribuinte. E apesar de 2012 estar chegando ao fim, com algumas medidas ainda é possível aumentar os valores a serem recebidos. “Mas é importante correr, pois depois que acabar o ano nada mais pode ser feito”, alerta Mota.
 
 
As ações podem ser desde as mais simples, como guardar adequadamente todos os comprovantes de gastos com educação e saúde, até mesmo as mais sofisticadas, caso de doações e contratação de um plano de previdência privada. O primeiro passo é saber se há valores retidos. “Caso contrário, não há o que se restituir”, explica.
 
 
Jeitinho

 


Para o presidente do CRC-MG, Walter Roosevelt Coutinho, depois do fim do ano, nada mais pode ser feito. (Foto: Maurício de Souza)

Um dos recursos para diminuir o apetite do Leão está na contratação de um plano de previdência privada, que permite a dedução até o limite de 12% da renda bruta anual do contribuinte. Mas a regra só vale para quem utiliza o modelo completo de declaração e para os produtos na modalidade PGBL – Plano Gerador de Benefício[/LEAD] Livre.

“Além de fazer uma poupança para o futuro, é esse um dos principais atrativos dos planos disponíveis no mercado”, diz o especialista. O pagamento deve ser mensal, numa quantia que o orçamento possa suportar. E os recibos de pagamento devem ser apresentados à fonte pagadora, para abatimento na base de cálculo do IR.

“O ideal é que o dinheiro da previdência privada fique intocável. Quanto maior o tempo até o resgate, melhor”, frisa. Tirar o dinheiro antes do prazo coloca a economia em risco. “Aí, o contribuinte cai na tabela progressiva e pode acabar pagando mais”, adverte Welinton Mota.
 
 O presidente do Conselho Regional dos Contabilistas de Minas Gerais (CRC-MG), Walter Roosevelt Coutinho, aconselha uma pesquisa de preço antes de contratar um plano com a finalidade de amenizar a mordida do Leão. “Olhar a taxa de administração do fundo de previdência é fundamental. Senão, corre-se o perigo de os valores engolirem o lucro”, adverte.
 
 
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