Representantes do governo federal e do Estado de São Paulo deixaram a reunião sobre o ferroanel paulista sem um acordo para a construção conjunta da obra com o trecho norte do Rodoanel Mário Covas. De acordo com o ministro dos Transportes, Sérgio Passos, foram discutidos caminhos possíveis para a parceria e que as possibilidades serão levadas a Brasília e aos órgãos do setor antes de uma decisão.
"Nas próximas semanas será avaliada a melhor forma de estruturar essa parceria para o esforço de obras simultâneas de Rodoanel e ferroanel", disse o ministro. Passos contou que ficou definido, entre os ramos norte - de 55 km - e sul - de 44 km - do ferroanel, prioridade nas obras para o trecho norte. Esse trecho precisa ter sua construção iniciada até agosto deste ano para que a obra caminhe junto com a do rodoanel, o que resultará em economia de R$ 1,5 bilhão e celeridade na obtenção de licenças ambientais para o Ferroanel.
Para o o secretário estadual de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho, "se a obra do ferroanel não começar até lá, será impossível conseguir sinergia entre ferroanel e rodoanel".
O ferroanel está orçado em R$ 1,5 bilhão. A construção do trecho norte do rodoanel começa na semana que vem, segundo a Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa).
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, declarou que o ferroanel é peça-chave para o sistema ferroviário de todo o País. "O anel ferroviário de São Paulo é fundamental para o funcionamento de todo o sistema. É por aqui que passa a riqueza do País", afirmou em entrevista à imprensa após a reunião nesta quinta-feira.
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