Sete em cada dez brasileiros vão presentear neste Natal. E a maioria não pretende economizar na hora de passar o cartão ou tirar o dinheiro da carteira. Na classe alta, o gasto médio com as compras será de R$ 1.062, quase quatro vezes mais do que na classe baixa, onde a despesa ficará em torno de R$ 288. Já os consumidores da classe média devem gastar R$ 484.

Os dados são do levantamento do Instituto Data Popular, especializado em pesquisas das classes C, D e E, e foram divulgados ontem.

“Embora a classe média ainda esteja quitando algumas dívidas, isso não será um empecilho para o consumo do presente de Natal. Tanto que o consumidor dessa faixa de renda pretende gastar uma média de R$ 464 com presentes que serão destinados a parentes e amigos, mesmo que seja só uma lembrancinha”, afirma o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.

Preferência

A pesquisa foi segmentada entre consumidores de classes baixa (renda familiar mensal de até R$ 1.109 ou até R$ 291 per capita), média (renda familiar de R$ 1.110 a R$ 3.875 ou de R$ 292 a R$ 1.019 per capita) e alta (renda familiar a partir de R$ 3.876 ou a partir de R$ 1.020 per capita). Mas quando o assunto é o presente preferido, não importa a conta bancária. As roupas são o principal item da lista dos consumidores, independentemente do lugar que ocupam na pirâmide social.

“A classe A usa a roupa como forma de diferenciação. Mas para as classes D e E elas servem para que essas pessoas sejam aceitas em locais onde antes não eram”, diz Meirelles.

Com mais grana disponível, os ricos serão os mais generosos. Conforme a pesquisa, 36% afirmaram que comprarão presentes para seis pessoas ou mais. Na parte do meio da pirâmide, o percentual é de 23% e na base, de 8%. Entre os menos favorecidos, 59% comprarão três presentes. Roupas (23%), brinquedos (21%), livros (9%) e acessórios (9%) são os mimos mais comprados para comemorar a data.



 

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