Serasa: inadimplência de empresas sobe 10,3% em janeiro

Beatriz Bulla
28/02/2013 às 11:24.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:26

O Indicador de Inadimplência das Empresas, divulgado na manhã desta quinta-feira pela Serasa Experian, subiu 10,3% em janeiro ante dezembro. Na comparação de janeiro com o mesmo mês de 2012, a alta foi de 4,9%.

Em nota distribuída à imprensa, os economistas da instituição afirmaram que em janeiro houve uma série de pressões sobre o fluxo de caixa das empresas, como pagamento de IPVA da frota, reposição de estoques depois do Natal, impacto da inflação sobre os custos e aumento do salário mínimo. "Com mais obrigações para honrar, as empresas que não contam com disponibilidade financeira extra enfrentam dificuldade para pagar em dia seus compromissos, como pode ser notado, principalmente, pelo aumento de 34,3% nos protestos na relação mensal", avaliam.

Os protestos deram a maior contribuição para a alta do indicador. As dívidas não bancárias - cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços, como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água - subiram 2,7%, enquanto os cheques sem fundos avançaram 7,0%.

Já as dívidas bancárias mostraram uma pequena variação no período, de 0,1%. O resultado praticamente acompanha os números do Banco Central, que, em nota de crédito divulgada nesta semana, informou que a inadimplência do crédito bancário para pessoas jurídicas se manteve estável de dezembro para janeiro, em 3,7%, pelo terceiro mês consecutivo.

A avaliação da Serasa Experian é de que, nas comparações anuais, de um mês com o mesmo mês do ano anterior, é possível "perceber a perda gradual de fôlego da inadimplência das empresas ao longo de quase todo o segundo semestre de 2012". "Com a recuperação econômica, essa trajetória deve continuar", apontam os economistas.

Valor médio

O valor médio dos cheques sem fundos foi o que mais subiu (42,2%) na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano passado, chegando a R$ 3.047,13. Para os títulos protestados, a alta foi de 3,2%, na mesma base de comparação, para R$ 1.881,76.

Já os valores médios das dívidas com bancos e das não bancárias recuaram - 1,1% e 3,7%, respectivamente -, chegando a R$ 5.159,49 no primeiro caso e R$ 774,04 no segundo.
http://www.estadao.com.br

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