Os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) lotados do Centro de Distribuição Domiciliar de Del Castilho, na zona norte do Rio, terminaram nesta sexta-feira (24) a greve iniciada há quatro dias. Os trabalhadores acusaram como motivo as condições de trabalho a que vinham submetidos. De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 80 mil correspondências de várias modalidades deixaram de ser entregues. Os 64 servidores que trabalham no prédio cruzaram os braços desde a última terça-feira (21), devido ao calor insuportável dentro do prédio, que chega a atingir 46 graus Celsius (ºC). Nesta sexta-feira pela manhã, o setor de Engenharia da ECT se reuniu com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio e Similares (Sintect-RJ) e garantiu que até o final de março o predio será totalmente reformado e climatizado. A diretora do sindicato, Rosemeri Leodoro, explica que, dentro do centro de distribuição, "os trabalhadores desmaiavam por causa do calor insuportável". O secretário-geral do Sintect-RJ, Ronaldo Martins, disse que, no encontro, ficou acertado que os trabalhadores retornariam na parte da tarde ao trabalho e que, no final de semana, farão mutirão para colocar as correspondências em dia. Além de Del Castilho, o centro de distribuição abrange também os bairros de Cachambi, Maria da Graça e Inhaúma. "Já no início da semana a correspondência estará normalizada", garantiu. Em nota, os Correios informaram que a paralisação havia sido encerrada e que as reivindicações apresentadas "já foram registradas pelos gestores da área operacional dos Correios do Rio de Janeiro, que estão providenciando as soluções cabíveis".