Em reunião com a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) durante a tarde desta quinta-feira (4), a bancada patronal do setor de máquinas e eletrônicos (grupo 2) propôs aumento de salarial de 8% aos metalúrgicos do Estado de São Paulo. A oferta atende a reivindicação dos trabalhadores de reposição da inflação em 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,5%. O pagamento do reajuste, contudo, seria feito de forma escalonada: 6,5% em outubro e 1,5% em março de 2013.

A proposta será discutida em reunião da FEM com os 14 sindicatos filiados na próxima terça-feira (9). A federação tem 75.500 metalúrgicos em sua base em todo o Estado de São Paulo. Até agora, dos seis grupos patronais que negociam com a FEM, apenas o grupo da fundição, que tem cerca de 4 mil funcionários, atendeu a reivindicação da categoria e fechou acordo válido para todo o Estado. Apesar disso, 865 acordos de aumento de 8% nos salários foram fechados, isoladamente, com sindicatos regionais para evitar a paralisação das fábricas. Esse fato, de acordo com a FEM, faz com que se chegue ao número de 140 mil metalúrgicos que já tiveram as reivindicações atendidas, cerca de 70% do total.

"Os nossos sindicatos estão diariamente realizando assembleias prolongadas e paralisações nas empresas que se recusam avançar no aumento salarial de 8%. Esse movimento vai continuar", afirmou, em nota distribuída à imprensa, o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro.
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