Supermercados surpreendem com vendas menores

Estadão Conteúdo
Publicado em 11/09/2014 às 12:12.Atualizado em 18/11/2021 às 04:10.

O recuo de 1,1% nas vendas do comércio varejista restrito em julho ante junho foi puxado principalmente pela queda de 1,3% nas vendas em supermercados, que surpreenderam negativamente o mercado. A avaliação é do economista para o Brasil da Ático Asset Management, Danilo Delgado, ao comentar o resultado divulgado há pouco pelo IBGE.

Segundo ele, a queda em supermercado veio no sentido contrário dos balanços divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e do Serasa, que apontaram crescimento de 0,47% e de pouco mais de 6% nas vendas em julho ante junho, respectivamente. O economista esperava alta de 0,5% no resultado geral do varejo restrito em julho na comparação com o mês anterior.

Delgado acrescenta que outro fator que contribuiu para a queda do varejo em julho foi o recuo nas vendas de móveis e eletrodomésticos, que caíram 4,1% entre o sexto e o sétimo meses do ano. De acordo com ele, isso se deve ao efeito Copa do Mundo, que postergou as compras. "Como são aquisições mais caras, tudo indica que o efeito Copa postergou a compra", afirma.

O economista projeta que o setor varejista deve ter uma leve recuperação após cinco meses de queda, mas que deve permanecer em patamar baixo. "Esperamos que haja uma melhora, mas não uma tendência de alta", prevê. Segundo Delgado, essa projeção é baseada em um cenário de redução da população empregada e aumento da inflação até o fim do ano, com redução da massa salarial e a confiança do consumidor em nível muito baixo.


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